A obesidade infantil é definida igualmente como nos adultos, excesso de massa gorda. É considerado um problema de saúde pública ela chega a índices epidêmicos em vários países e chega a ultrapassar o número de casos de desnutrição e doenças infecciosas. Nos Estados Unidos a obesidade é o problema mais grave de saúde afetando tanto os adultos como as crianças.
Alguns fatores como a inatividade física e a ingestão excessiva e desequilibrada de alimentos parecem contribuir para que este quadro se agrave.
A obesidade aparece comumente logo no primeiro ano de vida ou entre cinco e seis anos de idade e na adolescência, em qualquer fase da vida a obesidade requer muita atenção. Porém na infância parece merecer maior atenção já que alguns estudos indicam que quanto mais jovem a obesidade se instalar maior a tendência de se tornar um adulto obeso e desenvolver as diversas complicações que a obesidade pode promover.
A obesidade pode ter causas endógenas, quando a pessoa tem outra patologia que a faz engordar, ou de causa exógena, quando ela não tem uma doença que cause a obesidade e ela virá exclusivamente por maus hábitos de vida. Acredita-se que apenas 1% da população sofra da obesidade endógena e 99% desenvolva a obesidade por problemas exógenos.
As famílias de crianças obesas possuem papel importante neste processo, pois se observa em muitas famílias maus hábitos no estilo de vida como o excesso de ingestão alimentar, sedentarismo, relacionamento familiar complicado, desmame precoce, introdução precoce de alimentos sólidos, substituições de refeições por lanches e dificuldades nas relações interpessoais.
Há indícios de que a obesidade pode afetar emocionalmente o indivíduo portador, comportamentos depressivos, ansiosos e dificuldade de ajustamento social podem ser observados em obesos. A luta pela perda de peso e fracasso nas diversas tentativas pode desencadear problemas emocionais sérios.
Acreditava-se que crianças não desenvolviam problemas depressivos, mas esta visão vem mudando e pode-se observar atualmente que o número de crianças com depressão vem aumentando. Sentimentos de tristeza, irritabilidade e agressividade pode indicar quadro depressivo em crianças. Súbitas mudanças de comportamento devem ser observadas pelos pais, professores e familiares. O fator stress lesa exponencialmente o desenvolvimento da criança, prejudicando no rendimento escolar e nas relações familiares e afetivas.
As crianças obesas compõem um grupo de risco para desenvolver problemas emocionais, pois elas sofrem a não aceitação de alguns amigos. Quando a obesidade é levada para a vida adulta os problemas também o acompanham para a vida adulta.
Em face deste problema se faz necessário que nós olhemos com carinho para nossas crianças, a obesidade é um problema grave, criança gordinha não é sinal de saúde, é preciso acompanhamento nutricional, psicológico e muita dedicação dos pais e adultos da família.
Fonte de imagem: desportosdeginasio.com
Fonte de pesquisa: LUIZ; A.M.A.G. et al. Depressão, ansiedade competencia social e problemas comportamentais em crianças obesas. Estudos de Psicologia, 10(3), 371-375, 2005.
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